Genomic Engenharia Molecular

SMN1 / SMN2 – Atrofia Muscular Espinhal (AME)

Em março de 2017 o American College of Obstetricians and Gynecologists emetiu duas opiniões interligadas (OP1, OP2) sobre o rastreamento de atrofia muscular espinhal (AME) na população (americana, também aplicável à brasileira). A recomendação específica referente à AME diz: “O rastreamento de AME deve ser oferecido para todas as mulheres que pretendem engravidar ou que estejam grávidas”.

A Genomic é o único laboratório no Brasil que quantifica simultaneamente (no mesmo ensaio) o número de cópias dos genes SMN1 e SMN2 presentes no genoma do indivíduo.

Os laboratórios que realizam estudos do exoma não conseguem, por motivos técnicos inerentes ao método, fornecer essa informação. Ressaltamos que a AME é uma das doenças genéticas autossômicas recessivas mais comuns em humanos, motivo pelo qual o American College of Obstetricians and Gynecologists se manisfestou agora.

Atrofia muscular espinhal (AME; spinal muscular atrophy) é uma doença genética autossômica recessiva com incidência aproximada de 1 em cada 8000 nascimentos. Ela causa fraqueza muscular e perda progressiva do movimento. Isto ocorre devido à deterioração das células nervosas (neurônios motores) ligando a medula espinhal aos músculos do corpo. Como a ligação entre os nervos e os músculos falha, os músculos que são utilizados para atividades como engatinhar, andar, sentar-se e mover a cabeça tornam-se progressivamente mais fracos e encolhem (atrofia). As habilidades mentais não são afetadas pela AME.

AME é classificada de acordo com a idade em que os sintomas se desenvolvem e a sua gravidade:

* Tipo I – o tipo mais grave, se desenvolve em bebês com menos de seis meses de idade;

* Tipo II – menos grave do que o tipo I, afeta bebês com 6-18 meses de idade;

* Tipo III – o tipo mais brando que geralmente afeta as crianças em torno da idade de três anos;

* Tipo IV – afeta adultos.

Nos casos mais graves (tipos I e II), problemas respiratórios fatais muitas vezes desenvolvem-se durante a infância. A expectativa de vida é geralmente afetada em casos mais leves (tipos III e IV).

AME é causada por genes defeituosos, geralmente transmitidos a uma criança por seus pais. Os tipos mais comuns de atrofia espinal muscular – tipos I, II e III – são causadas por uma lesão no gene chamado SMN1 no cromossomo 5q13. As pessoas que têm o gene defeituoso que provoca AME, mas que não têm AME são conhecidos como portadores. Ambos os genitores devem ser portadores do gene defeituoso para transmiti-lo para seus filhos e, nesse caso, há 25% de chance de que a criança será totalmente afetada pela AME. Aproximadamente 1 em cada 45 pessoas é portadora de um gene SMN1 defeituoso. AME tipo IV é causada por defeitos em SMN1 bem como em alguns outros genes.

Os testes genéticos (moleculares) para a AME podem ser realizados antes, durante e após a gravidez. Eles podem determinar se uma pessoa tem AME, ou se um casal está em risco de ter um filho com a doença.

Testes antes da gravidez: caso exista uma preocupação dos filhos herdarem a AME, os testes podem ser realizados para avaliar o risco de ter um filho com a doença. Isso envolve realizar um exame de sangue para identificar o gene SMN1 defeituoso. Isto pode ser particularmente útil se um genitor tem um histórico familiar de AME ou, se já se sabe que um dos genitores é portador do gene e, o casal gostaria de saber se o outro genitor também é portador.

O diagnóstico genético pré-implantação (PGD):  para os casais sabidamente em risco de ter uma criança com AME, o PGD pode ser uma opção.

Testes durante a gravidez (pré-natal): os testes genéticos também podem ser realizados durante a gravidez para verificar se um feto vai desenvolver AME. Estes são muitas vezes utilizados para pessoas que já têm uma criança com AME pois, há uma chance de 25% de recorrência em casais portadores do gene defeituoso.

Testes após o nascimento: se a AME não for diagnosticada antes do nascimento e uma criança tem sintomas típicos da AME, há uma série de testes que pode verificar a condição. A maioria dos casos pode ser confirmada por teste genético, que envolve a análise de DNA purificado de uma amostra de sangue para identificar o gene SMN1 defeituoso.

Os exames laboratoriais de eletromiografia e de biopsia muscular também são utilizados em alguns casos para confirmar o diagnóstico.

Um outro teste genético que pode ser feito em paralelo com a identificação do gene SMN1 defeituoso envolve a quantificação do gene SMN2. Esse gene fica adjacente e é quase idêntico ao gene SMN1 porém, ele não possui atividade significativa em indivíduos normais (e por isso é também conhecido como pseudogene). Por esse motivo, indivíduos diferentes podem ter um número de cópias variável do gene SMN2 sem demais consequências. Contudo, em indivíduos afetados com AME, o número de cópias de SMN2 influi no desenvolvimento da doença e é parcialmente responsável pela variabilidade clínica descrita acima uma vez que eles podem ser ligeiramente ativados. Por esse motivo, a quantificação do número de cópias do gene SMN2 em indivíduos afetados com AME tem importância clínica.

Metodologia:

Isolamento do DNA genômico de leucócitos. Amplificação por PCR quantitativa de regiões específicas dos genes SMN1  e SMN2  e de genes de referência, que permite a quantificação desses dois genes em questão.

Coleta:

Para realizar o exame é necessária a coleta de sangue periférico ou de saliva em coletor especial (deve ser requisitado à Genomic).

Prazos:

Os resultados são enviados em 15 dias úteis, contados a partir da data do recebimento do material.

A Genomic participou em 2014  do XXVI Congresso Brasileiro de Genética Médica, que aconteceu em Fortaleza com o poster:

Determinação do número de copias dos genes SMN1 e SMN2 por PCR quantitativa.

Para maiores informações e valores entre em contato com a Genomic.

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